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O caso Paulinho Paiakan

20 de abril de 2023

Em junho de 1992, a estudante Sílvia Letícia de Luz Ferreira, então com 18 anos, acusou a cacique Paulinho Paiakan de tê-la estuprado numa chácara a cinco 5 quilômetros de Redenção, no sul do Pará. Segundo ela, Irekran, esposa do indígena, teria ajudado o marido, com torturas. O caso repercutiu mundialmente, já que, na época, era realizada a ECO-92, Conferência Mundial sobre Meio Ambiente, no Rio de Janeiro. O repórter Emanuel Villaça mostrou os desdobramentos para todo o Brasil nos telejornais da TV Globo e da TV Liberal.

O jornalista entrevistou Paiakan com exclusividade. O material foi exibido no “Jornal Nacional”, com a participação de Villaça ao vivo, direto dos estúdios da TV Liberal, em Belém. Emanuel Villaça e Regina Alves, então editora do Núcleo de Rede, concederam entrevista ao Memória TV Liberal e contaram sobre os bastidores da cobertura.


Os jornalistas Emanuel Villaça e Regina Alves falam sobre os bastidores da cobertura do caso do indígena Paulinho Paiakan, em 1992.

Em 1992, indígenas Caiapó fizeram o jornalista Emanuel Villaça refém, por causa da entrevista com Silvia Letícia, que acusava Paulinho de tê-la estuprado. O clima era tenso na região.


Reportagem de Emanuel Villaça, em 1992, mostra o clima em Redenção, durante o interrogatório do indígena Paulinho Paiakan.

Equipes da TV Liberal também acompanharam os desdobramentos de julgamentos de Paiakan. Em novembro de 1994, o juiz Élder da Costa absolveu Paiakan por falta de provas, mas concluiu que Irekran era culpada por agressão. Em 1998, Paulinho Paiakan foi condenado, em segunda instância, pela Justiça do Pará, a seis anos de prisão. O cumprimento da pena teve grande repercussão. Indígenas Kayapó se recusavam que ele fosse encaminhado para uma prisão comum. O indígena acabou ficando detido na própria aldeia por vários anos. O repórter Marcelo Canellas foi enviado pela TV Globo para cobrir o julgamento de Paulinho, em Redenção. Antenor Filho, operador de VT, e Ismar Antônio, repórter cinematográfico, formavam a equipe da TV Liberal que esteve junto a Canellas durante o julgamento.

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