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O assalto com reféns que parou Belém

20 de abril de 2023

No dia 9 de maio de 2003, um assalto a um carro-forte paralisou o centro de Belém. Um grupo de assaltantes roubou um malote com mais de R$ 500 mil de uma agência bancária localizada na avenida Francisco de Souza Franco, bairro do Reduto, na capital. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Pará, na época, sete pessoas estariam envolvidas no crime: uma que conseguiu fugir com o dinheiro, duas que foram mortas em troca de tiros com a polícia e outras quatro que foram presas.

Desde a manhã, equipes da TV Liberal passaram a cobrir o caso. O JL 1 destacou o assunto já abertura. “Terror no centro de Belém, na manhã desta sexta-feira. Depois de assaltar um carro forte, um bando foge em direção a ruas diferentes da cidade. Há perseguição policial, reféns, troca de tiros, mortes. Neste momento, os assaltantes continuam fazendo reféns em uma loja no bairro de Nazaré”, disse a apresentadora Layse Santos. Uma reportagem da repórter Ediana Miralha mostrou a destruição na agência bancária da Doca. Durante a fuga, os criminosos se dividiram em várias direções para tentar despistar a polícia. Um deles morreu e outros fizeram reféns os funcionários de uma loja, na avenida Nazaré, próximo a colégios particulares.

Ainda no JL 1, uma reportagem de André do Vale, repórter cinematográfico, e Mônica Maia, repórter, flagrou toda a movimentação durante as negociações. A equipe se posicionou em um estabelecimento ao lado, de onde conseguiu filmar tudo. O repórter Ronaldo Penna entrou ao vivo para falar sobre a situação. Ele entrevistou o comandante do policiamento metropolitano de Belém e trouxe as informações do local. Um dos criminosos ligou para a redação da TV Liberal e exigiu falar, ao vivo, no telejornal.

Durante a negociação, policiais começaram a receber informações do Centro Integrado de Operações (Ciop) de que outros pontos da cidade estavam sendo atacados por assaltantes, como o Banco Central. Após apuração, a polícia entendeu que as denúncias eram falsas e estavam sendo feitas por mais integrantes da organização para tentar desmobilizar as negociações. Mas outros casos de violência foram, de fato, registrados na cidade. Quatro homens assaltaram uma revendedora de carros, na avenida Gentil Bittencourt, no centro de Belém. Uma distribuidora de cigarros e o Sindicato dos Bancários também foram invadidos e roubados. O pânico tomou conta da capital e agências bancárias fecharam mais cedo.


A jornalista Layse Santos apresentou o JL 1 que mostrou a negociação do assalto, ao vivo, em 09 de maio de 2003.

À tarde, a TV Liberal entrou com boletins ao longo da programação, atualizando as informações do caso. Em uma das entradas, a repórter Elisangela Andrade narrou ao vivo os criminosos se entregando e o reféns sendo liberados, após sete horas de negociações. À noite, o JL 2 teve quase toda a sua edição voltada para esta cobertura. O apresentador Salomão Mendes iniciou o jornal com o tom daquela cobertura: “Foi um dia de medo em Belém. A cidade parou”. O telejornal mostrou uma reportagem da repórter Jalília Messias e do repórter cinematográfico Reginaldo Gonçalves, que acompanharam uma perseguição a outro carro-forte durante a tarde. A polícia achava que se tratava de bandidos, já que não pararam, mesmo com o pedido da polícia. Depois se descobriu que não eram assaltantes e que os seguranças da empresa recebem essa orientação. A equipe flagrou todo o tiroteio nas ruas do centro de Belém. Ainda naquela edição, o apresentador Salomão Mendes entrevistou, ao vivo, o Secretário de Defesa Social, que minimizou os efeitos do assalto. Ao final do JL 2, Salomão Mendes desejou: “depois de um dia tenso, uma boa noite pra você”.


A edição do JL 2, no dia 9 de maio de 2003, foi especial e repercutiu um dia violento em Belém.


DEPOIMENTOS – Os jornalistas Salomão Mendes e Jalília Messias comentam os bastidores da repercussão de um dia violento em Belém, em maio de 2003.

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