O maior salão de arte contemporânea da Amazônia e o mais longevo do Brasil surgiu como “Salão Liberal”, projeto idealizado pelo jornalista Romulo Maiorana, no início da década de 1980, para criar um espaço de apoio ao artista paraense e um diálogo da região Norte com o país. Num momento da história em que a Amazônia não gerava as expectativas em âmbito global de hoje, Romulo Maiorana despertou a sensibilidade do público por meio da função social da arte, a partir de um espaço de encontro e estímulo aos artistas.
O Arte Pará nasceu com a vocação de estabelecer a presença da Amazônia no mapa das artes como um salão. Ao longo de suas edições ininterruptas, tornou-se um projeto de arte e educação nacional e lugar de troca intelectual entre artistas, curadores e agentes culturais, além de espaço de reflexão e crítica, que legitima jovens artistas em ascensão.
Discurso de Romulo Maiorana na abertura do Arte Pará, em 1983.
Em 1982, a recém-criada Fundação Romulo Maiorana, à época dirigida pela economista Sônia Antunes Renda, daria um novo impulso às artes plásticas, promovendo a primeira versão da coletiva “Arte Pará”. “O Salão Liberal foi muito importante, porque anunciou, com uma antecedência de seis anos, o que a Fundação viria a fazer. Nós temos um compromisso com o social e o social, assim eu entendo, também passa pela expressão artística. O Arte Pará, hoje, é uma referência nacional, no setor das arte plásticas. Ele foi idealizado pelo papai, com o propósito de estimular os artistas e, até hoje, continuamos com esse objetivo”, lembrou Roberta Maiorana, uma das responsáveis pelo “Arte Pará”.
João Carlos Pereira fala sobre a VII Salão Arte Pará, em 1989.
Reportagens, no JL 1 e no JL 2, sobre a abertura do VII Salão Arte Pará, em 1989.