Escrito por: Leo Nunes
Em novembro de 1982, os paraenses voltavam a exercer o direito ao voto. Em um estado de dimensões continentais, foi um desafio realizar a votação em todos os municípios. Naquela época, os eleitores votavam pela primeira vez para escolher o governador do estado desde o início do regime militar, instaurado em 1964. Também foram eleitos senadores e deputados.
Ainda sem urna eletrônica, grandes bolsas marrons eram onde se guardavam as cédulas de papel em que os eleitores depositavam os votos. Para contar os votos, a Justiça Eleitoral montava estruturas em ginásios e espaços públicos. Em grandes mesas, todo mundo se apertando para contar os votos um a um.
A apuração chegava a levar vários dias até a divulgação do resultado final. Muitas vezes, a contagem demorava ainda mais por conta de denúncias de fraudes. Em 1985, uma grande confusão foi registrada em várias zonas eleitorais. Bate boca entre líderes de partidos e representantes de seções eleitorais. Nas ruas, partidos protestavam.
Em 1996, chegou a vez das urnas eletrônicas. Era mais rapidez e segurança na votação. Com várias formas de auditoria já feitas, nunca se conseguiu provar nenhuma fraude desde que as urnas eletrônicas foram implantadas. Em 1989, as primeiras eleições diretas. O povo nas ruas para votar e decidir. A democracia fortalecida e conquistada a cada dia, a cada luta.