Escrito por: Leo Nunes
O descontrole dos preços provocado pelo aumento da inflação é uma realidade que já assolou o país em outros períodos. No início dos anos 1980, durante a ditadura militar, o país passava por uma crise econômica. Os preços de produtos e serviços subiam e os supermercados mudavam os preços dos produtos diariamente. Muitas famílias, assim que recebiam o salário do mês, corriam para os supermercados e o salário acabava rapidamente. Alguns dos hábitos daquele período continuam até os dias de hoje, como fazer as chamadas “compras do mês”.
Entre os anos 1980, vários planos econômicos foram criados para tentar resolver a situação. O governo criou um pacote econômico que trazia uma nova moeda, o cruzado.
A reforma congelava os salários e os preços de produtos e serviços. Os estabelecimentos tiveram que correr para mudar os preços. fiscais do governo tentavam impedir o descumprimento das novas medidas. O plano cruzado teve como efeito imediato aumentar o poder aquisitivo da população. A inflação chegou a baixar, porém, após quatro meses, o plano fracassou. A inflação voltou e os produtos sumiram das prateleiras.
No governo Collor, em 1990, a medida mais radical foi a que determinou que os saques da poupança, aplicações financeiras e contas correntes seriam reduzidos ao máximo de 50 mil cruzados novos. O que estivesse acima desse limite, ficaria retido pelo governo no banco central pelo prazo de 18 meses.
Em 1994, mais uma tentativa de conter a inflação, a partir de um pacote de medidas econômicas: era a vez do plano real. O plano real representou um marco na história recente por ter ajudado a combater o grave problema da hiperinflação e o descontrole fiscal do Brasil entre os anos oitenta e noventa.