Escrito por: Leo Nunes
Em 1990, motoristas e cobradores entraram em greve e deixaram a cidade sem ônibus. Na avenida Presidente Vargas, centro de Belém, com os faróis ligados, rodoviários já alertavam que a paralisação iria começar. A categoria reivindicava reajuste salarial e melhorias nas condições de trabalho.
Naquele dia, a avenida Almirante Barroso amanheceu cheia de carros e caminhões, mas sem ônibus. Nenhum dos 1.200 ônibus que circulavam em Belém saíram das garagens. Por conta da greve, muitas pessoas tiveram que buscar outros meios de transporte. O comércio teve queda de 70% no movimento.
Motoristas e cobradores queriam um aumento de 217%. Por conta da insegurança e para evitar destruição dos coletivos, os policiais dirigiram os poucos ônibus que circulavam na cidade.
Em 1994, outra greve. A justiça pediu a prisão do presidente do sindicato dos rodoviários. A categoria tentou impedir e chegou a entrar em confronto com a polícia.
Em 2003, durante a paralisação, a violência fez uma vítima na categoria dos rodoviários. Em protesto contra o crime, cerca de 500 motoristas e cobradores de Belém e Ananindeua fecharam a Br-316, apedrejaram veículos e saíram em passeata pela capital paraense.
Em 2003, durante uma greve dos rodoviários, torcedores enfrentaram um sufoco para conseguir assistir o jogo do Paysandu contra o Boca Juniors, na libertadores, no Mangueirão. Milhares de pessoas improvisaram para chegar ao estádio. Muitos foram na boleia de caminhões e outros foram de charrete ou empurrados em carrinhos de mão.