Escrito por: Leo Nunes
Imunizar um estado tão grande como o Pará não é fácil. Os rios são as estradas em muitas regiões.
A poliomielite foi uma das doenças infantis mais temidas do século passado, causando deficiências físicas em milhares de pessoas. As crianças, principalmente, ficavam com diversas paralisias. A pólio pode causar até mesmo a morte. Naquela época, houve uma grande corrida em busca de uma vacina. O antídoto contra a pólio reduziu o número de casos da doença por ano. Mesmo assim, já havia pessoas resistentes à vacina. Algumas crianças tinham medo.
Na TV, comerciais incentivavam a vacinação dos pequenos. O personagem Zé gotinha foi criado em 86 para ajudar no incentivo à imunização. Segundo o ministério da saúde, o Brasil está livre da poliomielite desde os anos noventa. Em décadas passadas, as pistolas de ar comprimido chegavam a vacinar até mais de mil pessoas em único dia. Nos anos 90, elas pararam de ser fabricadas. Especialistas diziam que poderiam propagar outras doenças.
O sarampo é uma das doenças clássicas da infância, é altamente infecciosa. Nos anos 1980, o Pará recebeu testes da primeira vacina brasileira contra a doença. Com a eficácia da vacinação, a circulação do vírus do sarampo foi interrompida por um longo período no Brasil.
A influenza H1N1 assustou a população em 2009. O surto da gripe foi a primeira pandemia declarada pela OMS neste século. Como forma de prevenção, viagens ao exterior foram canceladas. Governos estaduais e universidades anunciaram o adiamento das aulas. O instituto Butantan, de São Paulo, fabricou vacinas contra a doença, a pedido da OMS. Em 2010, o ministério da saúde iniciou uma campanha de vacinação anual contra a doença. houve uma redução considerável de casos registrados. Em todas essas doenças, o inimigo pode ser microscópico, mas o efeito é gigante. Antes de existirem vacinas, essas enfermidades foram devastadoras.